domingo, 22 de março de 2009

VOCÊ NÃO É CAPAZ DE VIVER SEM ELA, PORÉM ELA NÃO É UM DIREITO SEU.




Fórum de Istambul: a água ainda não foi reconhecida como um direito humano.


O Fórum Mundial da Água (FMA) terminou hoje em Istambul. Organizado pelo Conselho Mundial de Água (CMA), reuniu aproximadamente 25 mil participantes –líderes políticos, especialistas, ONGs – para discutirem sobre o essencial para vivermos: a água. Assuntos relacionados como secas, reciclagem das águas residuais, distribuição e gestão, levantaram polêmicas, dentre elas, o fato de o fórum ter sido organizado por uma instituição privada. O que mais vale destacar mesmo é que países como Brasil, Estados Unidos, Egito e Turquia, não reconheceram o acesso à água como um direito humano básico. Uma mudança na declaração ministerial declarou a água como “necessidade básica humana” e não como um “direito”. Essa mudança de dizeres implica nos trâmites legais e políticos.
A importância de um fórum que tome decisões certas com relação à água é tamanha quando destacamos que a falta de acesso à água potável e a um saneamento adequado causa, em todo o mundo, 1,6 milhões de mortes por ano. São 250 milhões de pessoas em 26 países do mundo afetadas pela escassez da água de acordo com dados da ONU. A estimativa é a de que em 30 anos, o número de pessoas será de três bilhões em 52 países.
Um dos grandes desafios do século XXI é levar este recurso ao maior número de torneiras, sobretudo, assegurar a paz através da sua distribuição equilibrada e eqüitativa.
Na China, mais de 80 milhões de pessoas andam um pouco mais de um quilômetro e meio por dia para conseguir água. E esse problema se repete em várias nações. Onze países da África e nove do Oriente Médio já não têm água. A água é um direito intrínseco à sobrevivência da humanidade, sem ela não é possível haver vida. Não é dramatização de cinema, muito menos previsão de gurus, que estão sendo colocados os dados fornecidos pela ONU ou pelos relatórios do Banco Mundial. É uma realidade que devemos encarar com mais seriedade, e cobrar dos nossos governantes uma postura mais firme e séria. Nenhum país é totalmente dono da própria água, por isso podemos correr riscos como guerras em busca dos recursos hídricos de cada um.

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