sexta-feira, 10 de abril de 2009

UMA REFLEXÃO PARA O TEMPO


Confesso ter ficado em dívida por muito tempo com a minha grande paixão: cinema.
No período em que estive ausente mergulhada em livros para a iniciação científica apenas lia e ouvia pequenos relatos dos filmes que estavam sendo lançados.
Para recuperar algumas perdas o feriado tem sido uma longa sessão: Austrália, A troca, Operação Valquíria, a comédia Quase irmãos, o brasileiro Era uma vez, e outros que ainda estão na fila para serem vistos.
É uma terapia! Muitas pessoas ficam incomodadas de passar por mais de duas horas dedicadas a umas cenas. Mas quem gosta sempre tira algumas conclusões, críticas, aprendizados e histórias. Umas impossíveis de serem apenas ditas, dignas de serem vistas.
A história de um relojoeiro do século 20 que era cego e contratado para construir o grande relógio da estação de trem. Perde seu único filho na 1ª Guerra Mundial e entra numa profunda tristeza. No dia da inauguração, todos percebem que o relógio contava de trás para frente. E ele explica que fez isso de propósito e não por engano. O relógio era sua esperança assim como a de outros pais que haviam perdido seus filhos na guerra de voltar no tempo junto com os ponteiros e traze-los de volta a vida. Esta história faz parte de um pequeno trecho de “O curioso caso de Benjamin Button”, filme que merece inúmeros aplausos.
Quem é que nunca teve vontade de voltar no tempo pelo menos uma vez e reviver um momento especial, uma pessoa querida que já não está mais presente ou sentir novamente aquele abraço que é único e inesquecível. Evitar alguns acontecimentos ou presenciar novamente um deles? Se um dia todos tivéssemos essa chance, a vida seria diferente para muitos.
Mas o tempo só volta na lembrança, por isso as pessoas escrevem diários, livros e agora blogs. Para que os momentos não se percam somente nas lembranças, que possam ser divididos com os outros. Para que não se acabem em nós.
Os filmes também costumam nos trazer lembranças. Benjamin Button é uma fábula do nosso tempo, mas que nunca irá se perder. É uma história de amor, não só entre duas pessoas, mas de amor à vida livre de preconceitos. Como Button mesmo diz, em um momento de felicidade plena: “eu estava pensando, como na vida, nada dura, e que pena que é assim”. A vida é feita de oportunidades. Guimarães dizia: felicidade se encontra em horinhas de descuido. Não perca essas oportunidades que a vida oferece. E quando puder, dedique algumas horas a um longa capaz de enaltecer cada momento existente nela.
Enquanto isso, o Button ainda nos traz umas frases para refletirmos... e continuo com a minha sessão de feriado. Espero que aproveitem o tanto quanto eu.

"Somos predestinados a perder as pessoas que amamos".


"Nunca se sabe o que nos espera".


"Nossas vidas são definidas pelas oportunidades, mesmo aquelas que perdemos".


"Espero que você leve uma vida da qual se orgulhe. Ou que tenha força para começar tudo de novo".


"Tudo é passageiro e do fim não se escapa".


"Quem não pensa mais no futuro perde a noção do presente."

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