sábado, 23 de agosto de 2008

VOCÊ NÃO É UMA ILHA, MAS NEM POR ISSO SERÁ UMA SOMBRA.


“Somos desiguais em nossa constituição física e mental, como também não temos os mesmos direitos de usufruir dos prazeres dos quais uns e outros se beneficiam”.

“Em alguns aspectos, temos direito à igualdade e, em outros, também, o direito de ser diferentes. No mundo, somos iguais e diferentes, porém não temos o direito de ser indiferentes”.

Luiz Schettini Filho. Teólogo, filósofo e psicólogo clínico.



As frases citadas acima se referem a uma discussão interna que incomoda qualquer pessoa que a tenha. O direito de ser diferente e o desejo de ser sempre respeitado por isso. São diversas filosofias que discutem sobre as diferenças, mas são poucas as ações extraídas delas. Conviver com o outro não é fácil, embora o desejo de dar certo seja forte, o gênio cria barreiras que dificulta qualquer aproximação. Não é difícil encontrar alguém que conheça histórias de paixões e amores frustrados.Alguns vivem juntos anos sem morar debaixo do mesmo teto, são anos de namoro, mas quando dividem o mesmo teto, são meses, dias de casamento.
Na verdade nunca conhecemos o outro o suficiente para conviver, apenas passamos a respeitar, ouvi isso de vários casais que conviviam décadas em matrimônio.Respeitar os limites do outro é compreender os seus limites e limitar-se ao outro com os que ele possui. Na prática costumamos dizer “eu respeito o seu espaço e você respeita o meu”.Isso vale para qualquer um, mesmo porque o ser humano não é uma ilha.
O tema escolhido para a redação do ENEM em 2007 foi "O desafio de conviver com as diferenças". Muitos estudantes disseram ter achado "meio batido o tema", mas pelo contrário do que eles pensam, este é o desafio que enfrentamos no dia-a-dia com muita dificuldade.Na sociedade você dá de cara com seus opostos freqüentemente, e você passa a perceber que os opostos não se atraem sempre, costumam se repelir feito um elétron do próton. Batem de frente, discutem, mas é isso que contribui para a formação da personalidade, o problema é quando os dois se tornam indiferentes. Ser omisso à opinião dos outros não é a atitude mais aconselhável para evitar um confronto, o certo é enfrentar a questão, e se lhe incomodar, vá em frente.O respeito só é concedido quando é recíproco.
Acreditar e defender uma opinião são um direito seu, isso ninguém tira.Mas primeiro é necessário pensar no todo, tudo que está a sua volta, se vai prejudicar alguém com seu ponto de vista. Depois é saber se expor, muitas vezes não é a sua opinião que vale. E finalmente entrar no famoso consenso, aí ninguém vai te importunar pelo que defende. Mas ser a sombra de alguém é que não vale, muito menos ser indiferente a uma situação. Ao ter estas reflexões, percebi o que fazemos na maioria das vezes... Dizemos: Tchau, até mais ver, ficamos assim então...

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