domingo, 5 de junho de 2011

" Nossas vidas são definidas por oportunidades, mesmo as que perdemos "


Não foi um adeus, uma despedida, mas uma escolha. Uma difícil e dolorosa escolha, porque abrir mão de um sonho não é tão simples como fechar a porta para um estranho. A correnteza do tempo em que a vida passa me levou até onde cheguei. Tentei nadar contra ela com todas as minhas forças para que eu conseguisse manter de pé o que me guiava pela vida inteira, mas não consegui. Sonhos costumam ter vontade própria, as vezes eles se realizam e, ao mesmo tempo, se mostram diferentes daquilo que imaginávamos que poderiam ser.
Fiz a minha escolha e ela me surpreendeu. Não posso dizer que abandonei a escrita, minha paixão, mas afirmo que agarrei todas as oportunidades que surgiram através do meu sonho. E confesso que ele continua me guiando pelo caminho certo, mesmo que na realidade ele já esteja bem distante. Minha ausência por aqui será indeterminada, porque nessa minha nova carreira a dedicação exige 100% por meu dia. Mas de vez em quando apareço, escrevo, mato saudades.

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Apesar dos blá blá blás, então é Natal!


Acredito no Natal, deposito em cada enfeite pendurado meu encanto por essa época. Não porque recebemos o 13°, os shoppings ficam lotados, ganhamos mais presentes, e-mails, cartões e blá blá blás. Isso é comércio, não Natal. Gosto porque faz parte das minhas melhores lembranças da infância, já foi palco de alguns desastres na adolescência (os presentes frustrantes de familiares no famoso “amigo oculto”) e hoje, neste mundinho adulto é sempre motivo de inspiração. Tudo em prol do bem, penso...

As iluminações e decorações me deixam anestesiada e, as lojas de enfeites geralmente são denominadas: lojas da Kellen. Adoro cada anjinho, versões de Papai Noel, presentinhos etc. Já participei muito das novenas de Natal, fiz o papel da Virgem Maria e coloquei o Menino Jesus na manjedoura. Mas tem coisas que me irritam. E elas são constantes nessa época, como por exemplo, as infinitas variações que lemos sobre o Natal envolvendo problemas do cotidiano.

Não é somente em dezembro que devemos ser mais generosos, apadrinhar crianças em orfanatos ou fazer doações. O orfanato funciona o ano inteiro, 365 dias, 24 horas dia. Todo sentimentalismo excessivo nas pessoas, as demonstrações públicas de compaixão e caridade deveriam ser verdadeiros, não para a “divulgação” de ações. Ninguém consegue se redimir dos pecados sendo bonzinho uma vez por ano. Mas, mesmo assim, com toda a mediocridade, se eu pudesse escolher uma só época para permanecer o ano todo escolheria o Natal.

É nesse momento que aumentam os apadrinhamentos às crianças abrigadas, mas o desafio é fazer com que elas sejam acolhidas durante todos os meses do ano. Atualmente, em Belo Horizonte existem 70 abrigos e unidades de acolhimentos, com cerca de 400 crianças. Dessas, 120 têm apadrinhamentos permanentes, que significa passar os finais de semana, férias, Natal e aniversário na casa das famílias. Difere da adoção, já que a maioria delas têm pais e estão esperando o momento do retorno à sua família. É um ato de doação, palavra que vem de gratuidade acompanhada pela generosidade. Tão linda, que depende de uma só pessoa para tornar felizes tantas outras.


O Centro de Voluntariado de Apoio ao Menor (Cevam) tem inscrições para o apadrinhamento de crianças para o natal. Quem quiser tirar uma criança de um abrigo de Belo Horizonte para fazer a ceia natalina em casa precisa ter mais de 18 anos, ser, no mínimo, dez anos mais velho que o afilhado e passar por uma entrevista com um psicólogo.O Cevam funciona entre 9h às 18h, e fica na rua Goitacazes, 71, conjunto 1407, na região central da capital. Para mais informações, ligue para (31) 3224-1022.

terça-feira, 2 de novembro de 2010

Agora é a vez DELA!


Sim, a vitória é dela, e o país vai se acostumando em dizer “a presidente”. Agora Dilma Rousseff é também a primeira mulher a assumir o cargo mais alto do país. Conhecida pelo seu estilo durona, brasileiros esperam que demonstre também competência. O currículo é incrementado pelos postos de economista, ex-ministra do governo de Lula, de Minas e Energia e da Casa Civil, e também pela história, já que Dilma é a primeira pessoa presa e torturada pelo regime militar (1964-85) a chegar ao cargo máximo do país e a primeira líder a dar continuidade a oito anos de um governo no atual período democrático.

Nas palavras do colega de profissão, Emiliano José, há um caldo de revolução cultural na eleição dessa mulher. Se ela foi uma candidata inventada pelo PT? Então segue um salve de palmas para quem teve a ideia genial. Na campanha, Dilma destacou as conquistas dos dois mandatos do governo do presidente Lula, que a indicou para concorrer à Presidência. A presidente eleita ressaltou que 28 milhões de pessoas deixaram a situação de miséria ao longo desses quase oito anos, e prometeu trabalhar para erradicar definitivamente a pobreza no país. Seu governo será, em muitos aspectos, uma novidade na história brasileira.

O país deve em breve ser reconhecido como a sétima economia do mundo, caminhando para, em dez anos, chegar ao quinto lugar. O Brasil é hoje uma potência regional com credenciais para se tornar uma das potências globais no futuro. Quanto mais o país cresce, mais aumentam suas responsabilidades perante a comunidade internacional, no âmbito da economia global, da defesa do meio ambiente e até mesmo da estabilidade política mundo afora. Internamente, quanto mais a população tem e teve nesses últimos anos acesso a bens de consumo e educação, mais exigente e consciente dos seus direitos ela se tornou, o que é ótimo e por sinal mostrou que o país mudou nessas eleições.

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Mudanças


Mudanças. Nós não gostamos delas, nós a tememos. No entanto, não conseguimos evitá-las. Ou nos adaptamos às mudanças, ou somos deixados para trás. Crescer é doloroso. Qualquer um que te disser que não, está mentindo. Mas aqui vai a verdade: às vezes quanto mais as coisas mudam, mais elas permanecem as mesmas. E às vezes, oh, às vezes mudar é bom. Às vezes mudar é tudo.
Quando dizemos coisas como "as pessoas não mudam" deixamos os cientistas loucos. Porque a mudança é literalmente a unica constante da ciência. Energia e matéria estão sempre mudando, transformando-se, fundindo-se, crescendo e morrendo. O modo como as pessoas tentam não mudar que não é natural.
Como queremos que as coisas voltam em vez de as aceitarmos. Como nos prendemos a velhas memórias em vez de criarmos novas. O modo como insistimos em acreditar apesar de todas as provas contrárias de que algo nessa vida é permanente. A mudança é constante, e como a experimentamos depende de nós. Pode parecer a morte ou uma segunda chance. Se estralarmos os dedos, nos desapegar e seguir em frente... pode ser pura adrenalina. Como se a qualquer momento tivéssemos uma nova chance...como se a qualquer momento pudéssemos nascer de novo.

Trecho de Grey's Anatomy